top of page

ORIENTAÇÕES SOBRE O COVID-19

PLANEJAMENTO NO AMBIENTE DE TRABALHO

 AMPAI 

Algumas considerações e ponderações devem ser feitas inicialmente, pois o Mundo está vivenciando um momento único. Estamos assolados por uma pandemia viral, sem precedentes na vida moderna, com o surgimento de uma doença da qual pouco sabemos e novos dados surgem dia após dia. É importante frisar que, algumas recomendações que valem hoje, amanhã já poderá ser diferente, por isso a comunicação com todo corpo de colaboradores e com a AMPAI é importante e fundamental para evitar a propagação dentro do ambiente de trabalho.

Em um mundo perfeito, o ideal seria testar todas as pessoas, sabemos que isso é bem difícil atualmente, mesmo que se teste os colaboradores antes do retorno, teríamos que ter certeza que nenhum deles entrariam em contato com mais nenhuma outra pessoa, para garantir que ele não venha a se infectar, dentro e fora do ambiente de trabalho.

 CORONAVIRUS 

A Doença do Coronavírus 2019 (COVID-19) é uma doença respiratória causada pelo vírus SARS-CoV-2. Ela se espalhou da China para muitos outros países ao redor do mundo.

Para reduzir o impacto das condições de surto do COVID-19 nas empresas, trabalhadores, clientes e no público, é importante que todos os empregadores se planejem agora para o COVID-19.

O planejamento do COVID-19 pode envolver a atualização dos planos para lidar com riscos de exposição específicos, fontes de exposição, rotas de transmissão e outras características únicas do SARS-CoV-2.

Para isto, a AMPAI preparou um material para auxiliar e assessorar a sua empresa neste Planejamento. Utilizamos como base orientações da Administração de Segurança e Saúde Ocupacional (OSHA, Occupational Safety and Health Administration), orientações do Centro de Controle de Prevenção de Doenças (CDC), informações do Ministério da Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Anvisa.

 SINTOMAS DO COVID-19 

A infecção pelo SARS-CoV-2, o vírus que causa o COVID-19, pode causar doenças que variam de leve a grave e, em alguns casos, pode ser fatal. 

Os sintomas geralmente incluem:

■ febre

■ tosse

■ perda do olfato e do paladar

■ dificuldade para respirar, falta de ar

■ dor de cabeça 

■ entre outros sintomas similares a um resfriado

Algumas pessoas infectadas com o vírus relataram outros sintomas não respiratórios. Outras pessoas, conhecidas como casos assintomáticos, não apresentaram nenhum sintoma. Sabemos hoje que complicações cardiovasculares têm surgido como manifestação do COVID, como por exemplo infarto e AVC.

De acordo com o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças), os sintomas do COVID-19 podem aparecer em apenas 2 dias ou até 14 dias após a exposição.

A OMS mantém um página na web com orientações sobre o COVID-19 - https://www.who.int/es/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019 com orientações de como as pessoas podem se proteger, com orientações técnicas, clínicas e epidemiológicas do vírus, cuidados a serem adotados na hora de viajar e uma seção geral de perguntas e respostas para a população sobre rumores falsos ou fakenews relacionadas com o Coronavírus (COVID-19).

 

 TRANSMISSÃO DO CORONAVIRUS (nCoV-2019)

Acredita-se que o vírus se espalhe principalmente de pessoa para pessoa, incluindo:

■ Entre pessoas que estão em estreito contato umas com as outras (até um metro e meio), pois o ar é um meio de transmissão. Por exemplo, os trabalhadores que estão de pé, até uma distância um metro e meio de uma pessoa com COVID-19, podem pegar o vírus respirando as gotículas suspensas no ar. Em outras palavras, o COVID-19 se espalha de maneira semelhante à gripe.

■ Através de gotículas respiratórias produzidas quando uma pessoa infectada tosse ou espirra. Essas gotículas podem parar na boca ou no nariz de pessoas próximas ou possivelmente inaladas nos pulmões.

■ Pode ser possível que uma pessoa possa pegar o COVID-19 tocando em uma superfície ou objeto que contenha o SARS-CoV-2, tais como, mesas, teclados, cadeiras, ou telefones, e outras pessoas entram em contato com a superfície e podem ser infectadas tocando em sua própria boca, nariz ou possivelmente em seus olhos.

Os trabalhos de risco de exposição média incluem aqueles que exigem contato frequente e/ou próximo com outras pessoas que possam estar infectadas com o SARSCoV-2.

 MEDIDAS BÁSICAS DE PREVENÇÃO DE INFECÇÕES NO LOCAL DE TRABALHO 

A proposta da AMPAI é que cada um possa praticar e adotar as ações nos ambientes de trabalho, mesmo que não existam casos confirmados na empresa.

Definir uma política que descreva as medidas que vão ser adotadas, considerar as medidas de comunicação internas, os procedimentos de faltas ou ausências do colaborador.

Os empregadores deverão implementar boas práticas de higiene e controle de infecções, incluindo:

■ Obrigar os trabalhadores a ficarem em casa se estiverem doentes. 

■ Incentivar a etiqueta respiratória, incluindo em relação a tosses e espirros. 

■ Os empregadores devem explorar se podem estabelecer políticas e práticas, como locais de trabalho flexíveis (por exemplo, videoconferência) e horários flexíveis de trabalho (por exemplo, turnos alternados), para aumentar a distância física entre funcionários e entre os funcionários e outras pessoas, se as autoridades de saúde estaduais e locais recomendarem o uso de estratégias de distanciamento social. 

■ Desencorajar os funcionários a usar telefones, mesas, escritórios ou outras ferramentas e equipamentos de trabalho, de colegas de trabalho. 

■ Fornecer recursos e um ambiente de trabalho que promova a higiene pessoal. Por exemplo, latas de lixo sem necessidade de contato, sabonete, esfregões à base de álcool que contenham pelo menos 70% de álcool e toalhas descartáveis para os trabalhadores limparem suas superfícies de trabalho. 

■ Verifique frequentemente se os locais de trabalho estão limpos e higienizados. As superfícies por exemplo, mesas, cadeiras, objetos como telefones, teclados, máquinas, equipamentos de uso coletivo, precisam ser limpos com desinfetante regularmente. 

■ Tomar medidas para limitar a disseminação das secreções respiratórias, fornecendo máscara facial, e peça à pessoa que a use. O uso da máscara é obrigatório.

■ Orientar a importância da lavagem regular das mãos ou o uso de esfregões à base de álcool. 

■ Colocar sinais de lavagem das mãos nos banheiros. 

 POLÍTICAS E PROCEDIMENTOS PARA PRONTA IDENTIFICAÇÃO E ISOLAMENTO DE PESSOAS DOENTES, SE APROPRIADO 

■ A rápida identificação e isolamento de indivíduos potencialmente infecciosos é uma etapa crítica na proteção dos trabalhadores, clientes, visitantes e outras pessoas no local de trabalho.

■ Os empregadores deverão informar e incentivar os funcionários a se auto monitorarem quanto a sinais e sintomas do COVID-19, se suspeitarem de uma possível exposição.

■ Os empregadores deverão desenvolver políticas e procedimentos para que os funcionários relatem quando estão doentes ou apresentam sintomas do COVID-19.

■ Onde apropriado, os empregadores deverão desenvolver políticas e procedimentos para isolar imediatamente as pessoas que apresentam sinais e/ou sintomas do COVID-19 e treinar os trabalhadores para implementá-los. Mova as pessoas potencialmente infecciosas para um local longe dos funcionários, clientes e outros visitantes. Embora a maioria dos locais de trabalho não possua salas de isolamento específicas, as áreas designadas com portas que podem ser fechadas podem servir como salas de isolamento até que as pessoas potencialmente doentes possam ser removidas do local de trabalho.

 CONTROLES DE SEGURANÇA: 

Os controles de engenharia envolvem o isolamento dos funcionários dos riscos relacionados ao trabalho. Nos locais de trabalho onde são apropriados, esses tipos de controles reduzem a exposição a riscos sem depender do comportamento do trabalhador e podem ser a solução mais econômica para implementação. Os controles de engenharia para o SARS-CoV-2 incluem: 

■ Orientação para reduzir poeiras, garantir a circulação do ar, abrir janelas, evitar o acúmulo de sujeiras e manter o local de trabalho limpo e organizado.

■ Instalação de filtros de ar de alta eficiência.

■ Aumento das taxas de ventilação no ambiente de trabalho. 

■ Instalação de barreiras físicas, como proteções de plástico transparente. 

■ Instalação de uma janela drive-through para atendimento ao cliente. 

 CONTROLES ADMINISTRATIVOS: 

Os controles administrativos exigem ação do trabalhador ou empregador. Normalmente, os controles administrativos são alterações nas políticas ou procedimentos de trabalho para reduzir ou minimizar a exposição a um perigo. Exemplos de controles administrativos para o SARS-CoV-2 incluem: 

■ Minimizar o contato entre funcionários e clientes, substituindo as reuniões presenciais por comunicações virtuais e implementando o teletrabalho, se possível. 

■ Estabelecer dias alternados ou turnos extras que reduzam o número total de funcionários em uma instalação em um determinado momento, permitindo que eles mantenham distância um do outro enquanto mantêm uma semana de trabalho completa no local. 

■ Cancelar viagens não essenciais para locais com surtos contínuos de COVID-19. Aconselhe os colaboradores ou contratados sobre cuidados preventivos que devem ser tomados antes de viajar a negócios. No retorno também é necessário monitorar se aparecem sintomas do COVID-19, pelo mínimo 14 dias, verificando a temperatura corporal com uma certa frequência durante o dia de trabalho.

■ Desenvolver planos de comunicação de emergência, incluindo um fórum para responder às preocupações dos trabalhadores e comunicações baseadas na Internet, se possível. 

■ Proporcione aos trabalhadores educação e treinamento atualizados sobre os fatores de risco e comportamentos de proteção do COVID-19 (por exemplo, etiqueta para tosse e cuidados com o uso da máscara facial). 

■ Treinar os trabalhadores que precisam usar roupas e equipamentos de proteção quanto a sua colocação, uso / vestimenta e retirada correta, inclusive no contexto de suas obrigações atuais e potenciais. O material de treinamento deve ser fácil de entender e estar disponível no idioma e nível de alfabetização apropriados para todos os trabalhadores. 

■ Informe seus colaboradores, fornecedores, terceiros e clientes que, se o COVID-19 começar a se espalhar na comunidade em que residem, qualquer pessoa com tosse leve ou febre baixa (37,3° C ou mais) precisa permanecer no local de residência.

 ORIENTAÇÃO SOBRE AS MÁSCARAS 

Máscara Descartável: Deve ser descartada após 3 horas de uso, ou se estiver úmida, suja ou com avarias conforme as recomendações do Ministério da Saúde e da Anvisa. Devemos também levar em consideração avarias como defeito de fabricação (este último deverá ser observado no momento da distribuição do produto, tanto pelo entregador como o recebedor). Salientamos ainda a necessidade de que a máscara esteja acomodada a face do colaborador, principalmente de homens com barba, para que proteja adequadamente.

Máscara Caseira: conforme orientações do Ministério da Saúde e da ANVISA, para ser eficiente como uma barreira física, a máscara caseira precisa seguir algumas especificações, que são simples. É preciso que a máscara tenha pelo menos duas camadas de pano, ou seja dupla face. E mais uma informação importante: ela é individual. Não pode ser dividida com ninguém. As máscaras caseiras podem ser feitas em tecido de algodão, tricoline, TNT ou outros tecidos, desde que desenhadas e higienizadas corretamente. O importante é que a máscara seja feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e que estejam bem ajustadas ao rosto, sem deixar espaços nas laterais. Deve ser utilizada por no máximo 3 horas e após este período deve ser colocada para lavar, ou trocar também sempre que tiver úmida, com sujeira aparente, danificada ou se houver dificuldade para respirar.

Pedir para o funcionário assinar na ficha de EPIS o recebimento da máscara, mesmo não tendo o CA.

Devemos nos esforçar para encontrar um bom equilíbrio entre proteger a saúde, impedir perturbações econômicas (aumentar o desemprego) e sociais e respeitar os direitos dos trabalhadores.

Contem com a AMPAI para tirar as suas dúvidas. 

Estamos junto com vocês neste momento tão difícil!

 

Para mais informações, as agências do governo federal, estadual e local são a melhor fonte de informação no caso de um surto de doença infecciosa, como o COVID19.

É fundamental manter-se informado sobre os últimos desenvolvimentos e recomendações, pois as orientações específicas podem mudar com base na evolução das situações de surto. 

Abaixo estão vários sites recomendados para acessar as informações mais atuais e precisas e que nos serviram de base na elaboração deste material: 

■ Site da Administração de Saúde e Segurança Ocupacional: www.osha.gov 

■ Site dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças: www.cdc.gov 

■ Site da OMS: https://www.who.int/es/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019

■ Site do Ministério da Saúde: https://coronavirus.saude.gov.br/

■ Site da ANVISA: http://portal.anvisa.gov.br/

bottom of page